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Irrigação em Alagoas

Irrigação em Alagoas

     Alagoas produz 74% de energia limpa O Balanço Energético de Alagoas mostra o estado numa posição significativa em relação à matriz energética, com 74,3% da produção do tipo renovável. São 34,7% oriunda da energia hidráulica e 39,5% proveniente da cana-de-açúcar (biomassa). No consumo, 75,6% da energia é renovável e 24,4% não-renovável. Segundo o secretário de Minas e Energia, Geoberto Espírito Santo, Alagoas ainda pode implantar, além da hidráulica existente, mais energia de biomassa (cana), solar e eólica.

     “O Estado está trabalhando para sensibilizar e atrair investidores para a eficientização das usinas de açúcar, gerando assim maiores excedentes de energia elétrica para o mercado”, afirma. A eficientização de uma usina de 1 milhão de toneladas de cana/safra, para sair dos atuais 24 kwh por tonelada/cana e alcançar 90 kwh por tonelada/cana, representa investimento de aproximadamente R$ 100 milhões.

     Em Alagoas, há 26 usinas de açúcar, sendo cerca de dez as que podem produzir acima de um milhão de tonelada/safra. “A crise do dólar no passado e a crise do crédito deixaram os usineiros com dificuldades para aproveitar essa oportunidade”, afirma Espírito Santo. Geoberto explica que os produtores consideram muito baixo o valor de R$ 158,00 por cada MW/h, mas os executivos do setor elétrico argumentam que o investimento feito na eficientização numa usina não serve apenas para a produção de energia, pois melhora toda a produção industrial de álcool e açúcar também. No caso das usinas aproveitarem as pontas e palhas, ou seja, não realizar a queima da cana para colheita, o potencial do estado alagoano será de 1.200 MW, o que representa duas vezes a atual demanda da Companhia Energética de Alagoas (Ceal). Eólica O Atlas Eólico do Estado de Alagoas indicou o aproveitamento de 700 MW numa altura de 100 metros.

     O investimento em 1 MW em energia eólica custa R$ 5 milhões, ou seja, uma central eólica de 100 MW teria investimento de R$ 500 milhões. O custo da energia eólica é de R$ 200,00 por MWh. “A Secretaria de Desenvolvimento Econômico está trabalhando para a formação de um modelo de Sociedade de Propósito Específico (SPE), em que a Chesf demonstrou interesse em ser uma das sócias”, destacou o secretário-adjunto. Segundo ele, uma SPE também poderá ser adotada na atração de investimento para a energia eólica e a biomassa em Alagoas.

     “Esperamos que no Leilão de energia de reservas, que será realizado no dia 25 de novembro deste ano, tenha pelo menos contemplado um projeto de eólica e outro de biomassa”, acrescenta. Solar No curto prazo, Alagoas não trabalha para aproveitamento de energia solar fotovoltaica (transformação de energia solar em eletricidade), por custar R$ 800 por MWh. Mas a Secretaria está trabalhando em legislação estadual e municipal para o aproveitamento da energia solar fototérmica (aquecimento da água pela energia solar). A minuta da lei já foi aprovada no Conselho Estadual de Política Energética (Cepe), mas está sendo justificada em consonância com as normas de elaboração de legislação do Estado para ser encaminhada a Assembleia Legislativa de Alagoas.

     Geoberto Espírito Santo explicou que essa legislação assegura que o estado e os municípios de maior porte possam, a exemplo de outros no país que aprovaram essa lei, ser referência como cidade solar, já que Alagoas registra a média de 2.200 horas de sol ao ano. Barragem da Usina Hidrelétrica de Xingó, situada no município de Piranhas, Estado de Alagoas. Usina de Xingó. A Usina de Xingó, inaugurada em 1994, está instalada no rio São Francisco, e pertence a CHESF, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco. A Hidrelétrica de Xingó é considerada a maior e mais moderna da CHESF e gera 30% da energia da empresa. A Usina Hidrelétrica de Xingó conta com uma potência instalada de mais de 3 milhões de kW.